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Conversamos com a Alessia Vonau, sobre alguns aspetos da sua profissão, sobre a importância do associativismo e ainda sobre alguns conselhos para a nova geração de profissionais.
APTRAD: Fale-nos um pouco sobre si, sobre como começou a sua carreira e o que é que a levou a escolher esta profissão?
Fui para a universidade para estudar psicologia, e nunca me passou pela cabeça tornar-me tradutora, mesmo tendo sido criado numa família bilíngue (francês/italiano). Depois de grandes mudanças na minha vida pessoal, comecei uma carreira como vendedora e, ao mesmo tempo, entrei na tradução empurrada por uma grande empresa com um projeto de tradução. Quando fundei a minha empresa escolhi o ramo de tradução, porque gosto de ajudar as empresas a fazer o seu negócio em diversos países.
APTRAD: Como descreveria um “dia normal” na sua vida profissional?
Sou uma pessoa nada matinal, pelo que começo o meu dia sempre com uma grande chávena de café, uma longa caminhada com meu cão e só depois vou para o meu escritório (tenho a sorte de ter o meu escritório fora de casa). A primeira coisa que faço é abrir o ficheiro que eu própria criei para planear os meus projetos de tradução e, em seguida, começo a traduzir.
Como, trabalho com dois ecrãs, tenho o Outlook e o Skype num ecrã e o Trados no outro. O meu PC notifica-me sobre os e-mails recebidos, e eu respondo apenas se for relativo a algum trabalho urgente. Caso contrário, respondo aos meus e-mails uma vez pela manhã e duas vezes durante a tarde.
Em alguns projetos grandes ou quando estou com mais pressa, gosto de trabalhar com a técnica Pomodoro (uma técnica de gestão de tempo) que é muito eficiente. Normalmente encerro o meu expediente por volta das 19 horas, embora às vezes também trabalhe à noite.
APTRAD: É membro de alguma associação/organização profissional? Se sim, o que a levou a associar-se e, se não, porque ainda não o fez?
Não, ainda não sou membro de nenhuma associação/organização profissional.
APTRAD: Pela sua experiência, o que faz um “bom” profissional nesta área?
Existem muitos fatores que fazem um bom tradutor. Na minha opinião e pela minha experiência, um bom tradutor deve especializar-se em algumas áreas, saber usar as CAT Tools, e por último, mas não menos importante, saber como conseguir novos e bons clientes. Posso ainda acrescentar a importância da capacidade de organizar o seu negócio.
APTRAD: O que gosta mais e o que gosta menos na sua profissão?
O que mais gosto no meu negócio de tradução é a sensação de ter poder: tratar com prazos, negociar preços, aprender coisas novas com a minha atividade de tradução. O que eu não gosto são ficheiros fragmentados, listas de Excel com palavras sem contexto, originais escritos por pessoas não nativas.
APTRAD: Que conselho daria a alguém que quer tornar-se tradutor e/ou intérprete?
Especialização, especialização e especialização! 😊
APTRAD: Alguma coisa mais que gostasse de partilhar com os nossos leitores?
Façam o vosso trabalho com paixão (até mesmo as faturas!) E nunca terão a sensação de que estão a trabalhar.
APTRAD: Muito obrigado Alessia por ter respondido às nossas perguntas!
Para saber mais sobre a Alessia Vonau visite: http://www.dileal.com / http://www.cafesdelareussite.com / https://formation-traduction.fr / https://www.linkedin.com/in/alessiavonau/
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Biografia:
Alessia Vonau é uma “slash entrepreneur” (uma empreendedora multi-tasking): Tradutora e outsourcer/Business coach para tradutores/Formadora de SDL Trados/Palestrante em conferências internacionais sobre tradução. No seu negócio como “sales accelerator”, partilha o seu talento com tradutores freelancer que desejam desenvolver o seu negócio de tradução.
Em 2005, fundou a sua própria empresa, a DILÉAL, onde a sua experiência e a sua paixão são blocos de construção que permitem aos tradutores encontrar o seu próprio sucesso em vendas e outros cursos de fortalecimento.
Alessia Vonau também é tradutora, especializada na área técnica (it>fr e en>fr) e formadora SDL Trados, o que lhe confere conhecimento prático do “backoffice” da tradução. Trabalha regularmente com clientes diretos com quem constrói relacionamentos comerciais firmes entre pares.
Como a tradução e a gestão de projetos são a sua principal atividade, os seus clientes em business coaching apreciam ter uma business coach que conhece, em primeira mão, os seus desafios quotidianos. Os seus clientes dizem que é uma pessoa exigente e entusiasta, com um sentido de humor contagioso.
Alessia é bilíngue francês-italiano e fala inglês fluentemente.