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Quando me perguntam como tem sido isto de trabalhar como tradutora freelancer há cerca de 14 anos, respondo muitas vezes, assim naquele modo de quem “fala a sério a brincar” que é como trabalhar no arame. Do outro lado, vem um sorriso e eu lá explico o que quero dizer e como nesta vida é tão importante ser disciplinado, manter uma concentração férrea diariamente e estar preparado para todo e qualquer abanão que possa surgir pelo caminho. Basicamente, como andar no arame (suponho eu).
Sabemos das vantagens inerentes à vida de freelancer: poder gerir o tempo a nosso bel-prazer, poder aceitar ou rejeitar propostas segundo o nosso critério, poder escolher os nossos clientes, crescer segundo a nossa linha de pensamentos, ou seja, ser mais livre. Esta liberdade tem o seu preço que concentra as desvantagens desta vida, como a incerteza, a irregularidade no trabalho, a falta de validação, a sensação de isolamento provocada pela ausência de uma estrutura ou de um ambiente corporativo.
E a verdade é que ser freelancer não é para todas as pessoas. Há características pessoais que são imprescindíveis para singrarmos nesta vida: ser organizado e disciplinado, saber gerir o seu tempo e recursos, ser pragmático, metódico, proactivo. Algo que também poderemos aplicar ao tal “andar no arame”: manter a concentração, estar atento a tudo o que se passa à volta, saber onde se coloca o pé para chegarmos são e salvos ao destino. É importante que não se vacile nunca. De cada vez que vacilamos, para além de arriscarmos uma queda e as suas consequências, perdemos tempo a voltarmos ao lugar e atrasamos a chegada à meta.
Ser freelancer é, acima de tudo, um compromisso diário para com um objetivo, requer trabalho contínuo e, em alguns dias, o cansaço tomará conta de nós. É verdade, reconheço que ser freelancer cansa. Mas, ser feliz também e nós continuamos a tentar, não é?
Bio:
Licenciada em Tradução pelo Instituto Politécnico de Leiria, é tradutora de inglês e francês para português desde 2006 nas áreas da Comunicação Empresarial, Marketing, Turismo e Assuntos Internacionais. Desde 2017 é membro da Direção da APTRAD.